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terça-feira, 10 de março de 2009

Jaborandi


(Jaborandi Baiano e Jaborandi do Pará)
Por este nome são conhecidas numerosas plantas do gênero Pilocarpus com propriedades medicinais provenientes da flora tropical e sub-tropical do continente sul-americano, em particular do Brasil. As que mais interessam são aquelas que possuem grande quantidade de alcalóides em suas folhas, destacando-se: o Jaborandi Baiano (Pilocarpus jaborandi Holmes), o Jaborandi do Pará (Pilocarpus microphyllus Stapf.) e o Jaborandi do Rio ou do Paraguai (Pilocarpus pennatifolius Lem.). São citados em todas as Farmacopéias publicadas no Brasil o Jaborandi:

Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil (1ª Edição - 1926): São citados o Pilocarpus jaborandi Holmes e o Pilocarpus microphyllus Stapf.
Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil (2ª Edição - 1959): São citados o Pilocarpus jaborandi Holmes, o Pilocarpus microphyllus Stapf. e o Pilocarpus pennatifolius Lem.
Farmacopéia Brasileira(3ª Edição –1977): São citados o Pilocarpus jaborandi Holmes, o Pilocarpus microphyllus Stapf. e o Pilocarpus pennatifolius Lem.
Farmacopéia Brasileira (4ª Edição – 1996): É citado apenas o Pilocarpus microphyllus Stapf.





Jaborandi Baiano: As folhas do Pilocarpus jaborandi Holmes são imparipinadas, formadas geralmente de 1 a 4 pares de folíolos ou reduzidas frequentemente ao seu folíolo terminal; os folíolos são coríaceos, ovais oblongos ou elípticos, de 4 a 11 cm de comprimento por 2 a 4 cm de largura, de vértice mais ou menos arredondado ou agudo e emarginado e de base arredondada ou cordada e levemente desigual; as margens do limbo são inteiras e fracamente recurvadas para baixo. Da nervura mediana, que só é proeminente na face inferior, originam-se as nervuras laterais que se reúnem à pequena distância da margem dos folíolos, formando uma linha sinuosa, paralela a esta. Os folíolos são de cor verde-amarelada a verde-pardacenta, quase glabros ou levemente pubescentes nas proximidades da nervura mediana e salpicados de pontos translúcidos. É uma pequena árvore, de flores pentâmeras pequenas e fruto com 3-5 carpelos.

Jaborandi do Pará: As folhas do Pilocarpus microphyllus Stapf., são opostas imparipinadas, com 1 a 5 pares de folíolos opostos, ovais romboidais, obovais ou elípticos, de 1,5 a 5 cm de comprimento por 1 a 3 cm de largura; os laterais são quase sésseis e o terminal possui um pecíolo profundamente sulcado no sentido longitudinal e levemente alado, de 5 a 15 mm de comprimento; são de cor verde-acinzentada a verde-amarelada e, no mais, semelhante à espécie procedente. Possui inflorescência em racemos delgados, de flores soltas e milimétricas e fruto, coca oblíquo-ovóide rugosa. É o preferido pelas farmácias e também na indústria em virtude da maior riqueza de alcalóides
Esfregadas nas mãos, as folhas de Jaborandi exalam cheiro característico, aromático; seu sabor é amargo, tornando-se depois um tanto picante e excita a secreção salivar.

Nome Científico: Pilocarpus jaborandi Holmes (Jaborandi Baiano). Sinonímia: Pilocarpus officinalis Pohl. e Pilocarpus microphyllus Stapf. (Jaborandi do Pará).

Nome Popular: Pilocarpus jaborandi Holmes: Jaborandi Baiano e Jaborandi de Pernambuco. Pilocarpus microphyllus Stapf.: Jaborandi do Pará e Jaborandi do Maranhão.
No Brasil ambas as espécies também podem ser chamadas como: Arruda Brava, Arruda do Mato e Juarandi. No exterior: Jaborandi, em língua espanhola, na França e em inglês; Iaborandi, na Itália; Jaborandi-Strauch, na Alemanha.

Denominação Homeopática: JABORANDI.

Família Botânica: Rutaceae.

Parte Utilizada: Folha e talo.

Princípios Ativos: Contém 0,25% de Óleo essencial de hidrocarbonetos terpênicos (2-tridecadona e b-cariofileno), Matérias resinosas e pécticas, Taninos e Alcalóides, como a pilocarpina, pilocarpidina, neopilocarpina, pilosina e os respectivos isômeros da série isso, respectivamente isopilocarpina, isopilocarpidina, isoneopilocarpina, pilosinina e, ainda, anidropilosina, pseudopilocarpina e pseudojaborina.
A porcentagem de alcalóides totais é característica de cada espécie, cujo o predomínio é da pilocarpina, onde em média temos:


Origem Alcalóides identificados Alcalóides
Totais% Pilocarpina%

Pilocarpus microphyllus Pilocarpina, isopilocarpina e pilosina 0,67 – 0,84% 0,45%
Pilocarpus jaborandi Pilocarpina, isopilocarpina e pilocarpidina 0,72% 0,67%
Pilocarpus pennatifolius Pilocarpina, isopilocarpina > 0,4% 0,2 - 0,4%





Indicações e Ação Farmacológica: Classificou-se a pilocarpina como um para-simpatomimético, um excitante das terminações nervosas parassimpáticas (à semelhança da fisostigmina, arecolina, muscarina e certos derivados da colina). Possui propriedades gerais características do grupo: hipotensor, depressor do coração, mitótico. Aumenta as secreções
glandulares – assim atua como galactogogo e sudorífico – e ainda nas secreções lacrimal, do suco gástrico, pancreática, etc.
O antagonista mais enérgico dos alcalóides do Jaborandi é a atropina. Por isso se utiliza a pilocarpina para exagerar a dose da atropina no tratamento do Parkinsonismo post-encefálico.
O alcalóide mais ativo é a pilocarpina; a isopilocarpina possui atividade semelhante, já a da pilocarpidina e da pilosina é menor. A tintura de Jaborandi faz parte de formulações capilares contra a queda dos cabelos, devido a pilocarpina apresentar ação tônica e estimulante.
Utiliza-se o Jaborandi na terapêutica como sudorífico ou diaforético nas nefrites e na hidropisia; em oftalmologia no glaucoma; em afecções reumáticas, cólicas intestinais; edema pulmonar; como antídoto nos envenenamentos por atropina e beladona e na queda dos cabelos. Aliás são muitas as formulações capilares a base de Jaborandi existentes no Brasil, devido a pilocarpina apresentar ação estimulante e tônica quando usada em fricções locais.

Toxicidade/Contra-indicações: Uma superdosagem pode causar vômitos, diarréia, contrações uterinas, insuficiência cardíaca e espasmos dos brônquios. A diminuição da freqüência cardíaca pode terminar em colapso. Apesar da absorção intestinal do Jaborandi ser lenta, em doses acima do normal, podem ocorrer manifestações sistêmicas, caracterizadas por hemólise eritrocitária.
É contra-indicado para pessoas cardíacas e de constituição fraca. Não é recomendado seu uso na gravidez. Externamente pode causar irritação ocular.

Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno:
Pó: 2-5g diárias em doses máximas de 0,5 g.
Tintura: 2-5ml/dia.
Infuso: 20g do pó das folhas em 1 litro de água. Beber duas xícaras ao dia entre as refeições.

Uso Externo:
Colírios: concentração de 1 a 2%.
Shampoos e Loções anti-queda: 2-5% de extrato glicólico.

Referências Bibliográficas:
ALBINO, R. Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.

FARMACOPÉIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL 2ª edição, 1959.

FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3ª edição. 1977.

FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4ª edição. 1996.

COSTA, A. F. Farmacognosia. Volume 1. Fundação Gulbenkian Calouste.
Lisboa. 1994.

TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.

CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

Um comentário:

Denise Mazeto disse...

olá Marcos!
obrigada por ter colocado o Jaborandi no blog.
vc tem estes livros que cita como fonte?
abs