Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 10 de março de 2009

Castanha Indiana


Apesar do nome, a Castanha Indiana é originária dos Balcãs e não da Índia como se pensava. É uma bela árvore, grande, chegando a medir 25 metros de altura e 80 centímetros de diâmetro; folhas opostas, longo pecioladas, digitadas, compostas de 5-7 folíolos sésseis, obovado-oblongos, cuneiformes na base, alargando para o ápice e terminando em ponta obtusa, variáveis no tamanho, sendo mais comprido o central, todos irregularmente dentados; flores numerosas, brancas ou amareladas, lavadas de rosa ou de vermelho, dispostas em racimos piramidais eretos, sendo uma das primeiras flores a desabrochar na Primavera; o fruto é uma cápsula esverdeada, espessa, viscosa e deiscente, eriçada de espinhos curtos, quase inermes, distanciados entre si e bastante largos na base, contendo uma mais sementes brancas e carnosas, revestidas de tegumento ou casca vermelha, sem albúmem, composta apenas de dois cotilédones e uma radícula. Ainda a Pharmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 1ª Edição (1926) descreve sua casca: “A casca do castanheiro indiano apresenta-se em fragmentos achatados, levemente arqueados, de 10 a 15 cm de comprimento, 3 a 4 cm de largura e cerca de 30 mm de espessura. Sua superfície externa é de cor cinzento-pardacenta, desprovida de estrias longitudinais ou transversais, coberta de pequenas verrugas suberosas alongadas tangencialmente, às vezes recoberta de liquens brancos ou amarelados, e provida na altura dos nós de duas cicatrizes opostas, deixadas pela queda das folhas. Sua superfície interna é lisa e de cor branca fracamente rósea, quando a casca é fresca, mas toma cor amarelo-parda e parece finamente estriada no sentido longitudinal na casca seca ou exposta durante algum tempo ao contato do ar. Sua fratura é fibrosa e folhada ou estratificada nas camadas internas, granulosa nas externas. Nas cascas mais velhas a camada suberosa desprende-se facilmente, descobrindo o mesoderma, que é de cor amarelo-avermelhada.
Esta casca é inodora e de sabor muito amargo e um tanto adstringente.”

Nome Científico: Aesculus hippocastanum L. Sinonímia: Aesculus castanea Gilib.; Aesculus memmingeri Hort.; Aesculus procera Salisb.; Castanea equina Dod.; Hippocastanum vulgare Tourn; Aesculus asplenifolia Hort. ex Loud.; Aesculus heterophylla Hort. ex Handl.; Aesculus incisa Hort.; Aesculus septenata Stokes; Hippocastanum aesculus Cav.; Hippocastanum vulgare Gaertn.; Pawia hippocastanum Kuntze.

Nome Popular: Castanha Indiana, Castanha da Índia, Castanheiro da Índia, Castanheiro Indiano, no Brasil; Bucueye e Horse Chestnut em inglês; Castagno d’ Índia e Ippocastano, na Itália; Marronier d’ Inde, na França; Castaño de Índias, em língua espanhola; Hestekastaine, na Dinamarca; Rosskastanie, na Alemanha; Indiaansche Kastanjeboomm, na Holanda; Jabani Kestané, na Turquia; Hoeste Kastaine, na Suécia; Konskoi Kastan, na Rússia; Tsy-Yé-Chou, na China.

Denominação Homeopática: AESCULUS.

Família Botânica: Hippocastanaceae.

Parte Utilizada: As sementes.

Princípios Ativos: - Pericarpo: Saponinas: escina (aescina), afrodescina, argirescina, criptoescina; Taninos Catéquicos; D-catecol; Pectina; Potássio; Óleo Volátil; Cálcio e Fósforo.
- Cotilédones: em estado seco apresentam 5% de água, 3-4% de matéria mineral, 8-10% de açúcar, 40-50% de amido e 6-8% de óleo. Derivados Flavônicos: glicosídeos do quercetol e kampferol; Saponinas Triterpênicas: escina, proescigenina e escigenina; Aminoácidos: adenina, adenosina, guanina, L(+) lisina, L(-) triptofano.




Indicações e Ações Farmacológicas: A Castanha Indiana é indicada na fragilidade capilar, varizes, insuficiência venosa, hemorróidas, tromboflebite, edema, metrorragia e dismenorréia.
Em Homeopatia a ação deste remédio exerce-se principalmente sobre o baixo ventre (reto e ânus). É utilizada nas hemorróidas sangrentas, varizes e úlceras varicosas dentre outras aplicações.
As propriedades circulatórias da Castanha Indiana foram pela primeira vez avaliadas cientificamente através de observações de Artault e Vevey com vários pacientes varicosos e com hemorróidas entre os anos de 1896 e 1909 . Estudos posteriores determinaram que a escina apresenta comprovadas propriedades antiinflamatórias, venotônicas (aumenta a resistência capilar), antiexudativas e antiedematosas. Este conjunto de ações é considerado como atividade vitamínica P (Tarayre J. e Lauressergues H., 1975).
A atividade antiedematosa da escina (testada através de edema induzido por produtos como formalina, dextran e ovoalbumina) é bastante duradoura, observando-se uma persistência de vários dias após a administração endovenosa de 0,5 mg/kg em ratos, sendo sua atividade de espctro maior ao flavonóide rutina. Esta atividade antiedematosa não impede a passagem de líquidos no sentido inverso, desde os tecidos até os capilares venosos (Tschelche R.., 1982).
A atividade antiinflamatória está relacionada a um mecanismo misto: por um lado sobre a via do complemento e pelo outro sobre a inibição de produtos derivados da via do ácido araquidônico (Rios Cañavate J., 1995; Kubelja W., 1996). Além de proporcionar atividade antiedematosa, a escina proporciona uma discreta estimulação sobre o córtex da supra-renal (Handa S. e Chawla A., 1992).
Um ensaio realizado em 15 pacientes que apresentam varizes de diferentes tipos, e, aos quais se administrou 900 mg diários de extratos de Castanha da Índia durante dozes dias determinou que este produto diminui a ação deletéria de determinados sistemas enzimáticos (glicosaminoglicanases) sobre os proteoglicanos constituintes da parede venosa. É bom lembrar que os proteoglicanos juntamente com o colágeno evitam a passagem de macromoléculas através das paredes tissulares, determinando a rigidez e tamanho capilar. Desta forma, a Castanha da Índia produz uma ação estabilizadora sobre as membranas lipossomais, evitando o escape dessas enzimas (Kreysel H. et al., 1983).

Toxicidade/Contra-indicações: As diferentes formas galênicas aceitas a altas doses podem causar irritação do trato digestivo, náuseas e vômitos. Doses normais em geral é bem tolerada, enquanto que a escina ocasionalmente pode provocar gastrite quando se administra sob a forma de infusão ou extrato fluido. O sabor áspero e amargo das sementes se deve as saponinas triterpênicas, as quais podem também ser irritantes gástricos. A escina em elevadas doses é reputada como o princípio ativo responsável dos casos de nefropatia observados na década de 70 (Grasso A. Corvaglia E., 1976).
Aplicada localmente sob a forma de pomada para massagens (em altas concentrações) provoca irritação dérmica. Para tal fim, tem-se empregado pomadas com complexo escina-colesterol ou fosfolípideo que promove e mantém o efeito antiinflamatório e evita o fenômeno irritativo local.
A DL50 para a escina por via oral em ratos entre outras cobaias tem sido estimada entre 134 e 720 mg/kg, enquanto por via intravenosa oscila entre 1,4 e 15,2 mg/kg (Mills S., 1985). O índice hemolítico dos extratos totais de Castanha Indiana é de 6000 comparado com a da escina que somente alcança os 12.500 (Wagner H. et al.,1983).
As sementes ao serem confundidas com as da Castanha Comum, podem ser tóxicas se forem ingeridas sem serem descascadas, causando cefaléias, falta de coordenação motora, vômitos, enterocolite, midríase, paralisia facial e sonolência. É muito raro levar o indivíduo à morte, já que a saponina responsável (esculina) apresenta absorção muito lenta e em pequenas quantidades. Em todos os casos promove-se a lavagem gástrica e provocar o vômito dentre outras medidas.
Não se recomenda associar com sais alcalinos, ferro, iodo e taninos, já que podem interferir com a absorção.
É contra-indicado o uso durante a gravidez, lactação, insuficiência hepática, insuficiência renal e lesões da mucosa digestiva em atividade. Não utilizar formas injetáveis que contenham saponinas desta planta devido a possibilidade de efeitos hemolíticos.

Dosagem e Modo de Usar:
• Uso Interno:
- Extrato Seco (5:1): 200 a 600 mg/dia
- Tintura (1:10): 50-100 gotas, uma a três vezes ao dia;
- Extrato Fluido (1:1): 20 a 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
-
• Uso Externo:
- Extrato Glicólico: 1-4% para géis, cremes e loções;
1-3% para shampoos e espumas para banho.

Referências Bibliográficas:
• ALBINO, R. Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil. 1ª edição. 1926.

• SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega.
1980.

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.

• Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.

• TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.
Herbarium. Curitiba. 1994.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

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