Pesquisa de Dicas e Ervas

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terça-feira, 10 de março de 2009

Cardo Mariano


O Cardo Mariano é uma espécie anual ou bianual que possui uma altura entre 30 e 150 centímetros, com caule ereto e robusto. Suas folhas são grandes, brilhantes,verdes com manchas brancas ao longo das nervuras, margens onduladas orladas de espinhos e cílios. Suas flores são de cor de púrpura a violácea, tubulosas, dispostas em capítulos hemisféricos solitários, com brácteas coriáceas terminadas por espinhos. O fruto é um aquênio de cor preta, brilhante ou matizado de amarelo, encimado por papilho de pêlos denticulados. A raiz é aprumada e grossa. Tem sabor de Alcachofra e é inodoro.
É originário da Europa Mediterrânea, crescendo em solos pouco férteis, rochosos e é frequente ser encontrado em terrenos baldios.
O nome botânico Silybum dado por Dioscórides, vem da palavra grega sillybon, que significa “Em forma de penacho”. Segundo a lenda, as manchas de leite que as folhas desta planta apresentam junto das nervuras, são vestígios das gotas de leite derramadas do seio de Maria ao amamentar o menino Jesus sobre uma planta de Cardo Mariano durante as perseguições de Heródes.

Nome Científico: Silybum marianum (L.) Gaertner. Sinonímia: Carduus marianus L.

Nome Popular: Cardo Mariano, Cardo Santo e Serralha-de-folhas-pintadas, no Brasil; Cardo Mariano, Cardo Asnal, Cardo Borriquero e Cardo Lechero, em espanhol; Milk Thistle, em inglês; Chardon Marie, na França; Cardo di Maria, na Itália.

Observação: Algumas literaturas como sinonímia popular Cardo Santo para a espécie Silybum marianum . Porém por este nome é mais conhecida a espécie Carduus benedictus, com sinonímia: Cnicus benedictus.

Denominação Homeopática: CARDUUS MARIANUS.

Família Botânica: Asteraceae (Compositae).

Parte Utilizada: Fruto com sementes.

Princípios Ativos: Flavolignanas: silimarina e seus isômeros constituintes: silibina, silidiadina e silicristina. Também se encontraram: isosilibina, silimonina e silandrina; Flavonóides: quercetina, taxifolina, apigenina, luteolina e dehidro-kempferol B; Vitaminas: C, E e K; Lipídeos: constituídos principalmente pelo ácido linolêico; Histamina; Tiramina; Taninos; Óleo Essencial; -sitosterol; Açúcares; Alcalóides; Saponinas; Mucilagens; Ácidos Orgânicos.


Indicações e Ações Farmacológicas: Indicado nas afecções hepáticas: insuficiência hepatobiliar, hepatites agudas e crônicas, cirrose e disquinesias hepatobiliares; na inapetência; nas hemorragias, como a hematúria; nas afecções respiratórias: gripes e catarros.
Vários estudos realizados com esta espécie puderam comprovar o efeito hepatoprotetor da silimarina nos casos de intoxicação hepática induzidas por diferentes substâncias, entre elas o tetracloreto de carbono (Wagner H., et al., 1974), tiocetamida (Schrierwer H., et al.,1976), -amanitina e faloidina (Wieland T. e Wieland O., 1972; Vogel G., et al.,1975).
Também foi demonstrada atividade hepatoprotetora frente à intoxicação por microcristina, um heptapeptídeo produzido pela alga verde-azulada Microcystis aeruginosa (Mereish K. e Solow R., 1990), por paracetamol, causador de necroses de tecidos hepáticos em altas doses (Leng Peschlow E., et al., 1968) e por galactosamina, uma substância indutora de hepatite em ratos (Keppler D., et al., 1968).
A estrutura fenólica da silimarina e da silibina é a explicação destas serem substâncias antioxidantes (Harvsteen B., 1983; Mira M., et al.,1987), e portanto inibem a peroxidação lipídica dos microssomas e mitocôndrias do fígado de ratos. Também as outras
Flavolignanas (silicristina, silidianina e isosilibina), demonstraram atividade antioxidante, porém do tipo dose-dependente e de menor efeito que a silimarina (Bosisio E. et al.,1992).
Com o tratamento com silimarina, pode-se observar nos casos de cirrose uma diminuição da atividade das enzimas aspartato-amino-transferase, alanina-amino-transferase, GOT, GPT e de bilirrubina, e, aumento nos níveis da superóxido-desmutase ( a partir da estimulação de eritrócitos e linfócitos). Nos casos de fibromatoses, o peptídeo pro-colágeno III, mostra-se reduzido nos grupos que receberam silimarina (Müzes G., et al., 1991).A taxa de sobrevida em pacientes cirróticos estudados ao longo de quatro anos foi marcadamente maior nos pacientes que receberão silimarina como medicamento base (Ferenci P. et al., 1989).
A silibina e a silimarina têm demonstrado através de diferentes testes, propriedades antiinflamatórias e antialérgicas. Evidenciou-se também um aumento da motilidade dos polimorfos nucleares imobilizados por diferentes agentes e uma inibição sob a forma dose-dependente da liberação de histamina por leucócitos basófilos humanos (Fantozzi R., et al., 1986; Miadonna A. et al., 1987).
Existem no mercado europeu e norte-americano numerosos produtos produzidos com silimarina ou com seus constituintes ativos: silibina, silidianina e silicristina, em forma conjunta com fosfolípideos. A finalidade destes produtos é não permitir que os efeitos deletérios dos radicais livres sobre a pele aconteçam. Estes princípos ativos exercem um forte efeito inibitório sobre a enzima AMP ciclo-fosfodiesterase, a qual é encontrada atuante
nos processos inflamatórios tais como a dermatite atópica e a psoríase (Koch H., et al., 1985; Bombardelli E., et al., 1991).
Ações tais como antipirética, diurética, digestiva e hemostática são também encontradas em literaturas.

Toxicidade/Contra-indicações: Devido a esta droga possuir tiramina, pode haver o desencadeamento de crises hipertensivas em pacientes que estejam fazendo tratamento com antidepressivos do tipo inibidor da MAO.
A planta fresca pode provocar dermatites de contato.
É contra-indicado o uso na hipertensão arterial e para pacientes que por ventura estejam fazendo tratamento com antidepressivos do tipo inibidor da MAO.

Dosagem e Modo de Usar:
• Infusão: Uma colher de sobremesa por xícara, infundindo por dez minutos. Tomar uma xícara antes das refeições;
• Extrato Fluido (1:1): 25-50 gotas, uma a três vezes ao dia;
• Tintura (1:10): 50-100 gotas, uma a três vezes ao dia, entre as refeições;
• Extrato Seco (5:1): 0,5 a 1 grama por dia.

Referências Bibliográficas:
• ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos
Aires. 1998 ( o qual cita as referências mostradas nos itens Indicações e Ações
Farmacológicas/ Toxicidade e Contra-indicações).

• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.

• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.

Um comentário:

YuriBSB disse...

OI. Vc recomenda o uso da tintura ou a erva em forma de chá é mlehor? A tintura, pelo que entendi ate agfora, é menos concentrada e pelo preço não sei se melhor fazer o cha ou comprar a tintura - o uso da ultima seria so questão de facilidade???